Digital Twin: o que é, e qual o impacto para o setor financeiro?

Nos últimos anos a transformação digital tem sido responsável por grandes revoluções, em todos os setores da economia mundial. Nesse sentido, o Digital Twin, que traduzido para o português também pode ser chamado de gêmeo digital, é responsável por um importante salto no setor financeiro. Criada nos anos 2000 pelo cientista e engenheiro americano Michael Grieves, que já foi consultor da NASA, a ferramenta só começou a ser utilizada, na prática, há pouco tempo.

Portanto, mesmo ainda recente essa tecnologia carrega expectativas animadoras e significativas. Segundo a Gartner, até o ano de 2021, metade das empresas de maior nome mundial já utilizaram ou utilizam gêmeos digitais. E seguindo as expectativas, no fim deste ano (2023), um salto de 9,8 bilhões de dólares para 13 bilhões de dólares será gerado através dessa tecnologia. Saiba mais sobre o que é, como funciona, quais os benefícios e impactos da ferramenta, acompanhando a leitura abaixo. Confira!

O QUE É E COMO FUNCIONA O DIGITAL TWIN

Em resumo, o Digital Twin, ou gêmeo digital, é uma representação virtual de um sistema, processo ou objeto físico, em tempo real. A ferramenta age através de dados que são coletados por sensores e também por outras tecnologias, criando uma réplica digital realista, precisa e com atualização constante. Além de se espelhar no objeto real, o gêmeo digital é capaz de simular, monitorar e realizar análises.

Para o setor financeiro, um gêmeo digital é capaz de representar um portfólio de investimentos, um empréstimo, ou qualquer outro produto financeiro. Além disso, é possível utilizar a ferramenta para representar um banco como um todo, por exemplo.Também é interessante que, por ser alimentado utilizando dados reais, o gêmeo digital é atualizado a partir de transações, histórico financeiro, condições econômicas, perfis de clientes… enfim, tudo em tempo real, permitindo uma visão ampla e precisa de todo um sistema financeiro.

E não para por aí! Pois, através do Digital Twin é possível rastrear qual a origem de um determinado problema, e ainda testar meios para resolvê-los. Funciona assim: quando o gêmeo digital detecta um comportamento estranho em determinado serviço ou produtos, ele permite que o responsável pelo monitoramento realize diferentes simulações para observar falhas em componentes, subsistemas, testar hipóteses, até encontrar a raiz do problema. Interessante, não é mesmo?

DIGITAL TWIN NA PRÁTICA

A empresa General Eletric, também conhecida como GE, é uma das pioneiras na utilização do gêmeo digital. Através da criação do Digital Wind Farm, a GE utiliza a ferramenta para fazer monitoramento e otimização do desempenho das turbinas eólicas. Dessa forma é possível a realização de análises preditivas, melhorando a eficiência energética e reduzindo os custos operacionais.

Outro grande nome no mercado internacional é a RollsRoyce. A empresa conta com o Digital Twins para realizar monitoramentos e otimização do desempenho dos motores aeronáuticos utilizando, em tempo real, a coleta de dados dos próprios motores em operação. Dessa forma, é possível alimentar os gêmeos digitais para realizar análises preventivas, técnicas de manutenção proativa e proporcionar melhorias para o desempenho dos motores.

Já no Brasil, temos como referência a Petrobrás, que em parceria com a Repsol, da Espanha, criou um Digital Twin de uma plataforma operante no estado do Rio de Janeiro, a plataforma P-50. Dessa forma, a empresa consegue realizar os testes, prevenções e manutenções utilizando a tecnologia para trazer benefícios no desempenho das máquinas e produção em geral.

DIGITAL TWIN E METAVERSO

Quando o assunto é Digital Twin, é uma verdadeira polêmica compará-lo ao metaverso. Apesar de acontecer com frequência essa comparação, o assunto não vai muito para frente, pois, logo percebe-se a diferença entre uma tecnologia e outra. Isso porque o gêmeo digital conta com mais aplicações, recursos e utilizações para as corporações, proporcionando um ambiente adequado para realizar testes e implantar inovações.

Essas ferramentas tecnológicas disponibilizadas na tecnologia dos gêmeos digitais são capazes de beneficiar os resultados de uma empresa, e também da experiência do cliente final. Por outro lado, o metaverso conta com recursos e finalidades diferentes, não centralizados em testes tecnológicos para empresas e máquinas. Portanto há sim diferença entre um e o outro.

VANTAGENS PARA O SETOR FINANCEIRO

Todo investimento está pautado em vantagens, não é verdade. Nesse sentido, as empresas que escolhem investir em Digital Twins podem contar com diversas vantagens, como por exemplo, realizar análises de riscos mais assertivas, simulando cenários diferentes, e avaliando quais os riscos associados. Sendo assim, mais precisão nos resultados de análises é eficaz na redução de exposição a riscos.

No setor financeiro, o gêmeo digital é capaz de detectar e prevenir fraudes, pois identifica com mais assertividade as atividades suspeitas e possibilita ação rápida para banir os riscos. Além disso, com uma visão mais ampla e atualizada em tempo real, a tecnologia ajuda na identificação de ineficiência, na automatização de tarefas, otimização dos fluxos, melhorando a eficiência das operações como um todo.

Outra vantagem é que baseado nos dados coletados pelo Digital Twin, é possível que as instituições financeiras criem modelos preditivos para assim poder simular diversos cenários econômicos. Dessa forma, é possível conseguir uma compreensão melhor de quais são os possíveis resultados em diferentes situações, o que faz com que as decisões sejam mais estratégicas.

TECNOLOGIA QUE POTENCIALIZA!

Como vimos, a tecnologia do Digital Twin é capaz de potencializar os resultados tanto para as empresas, quanto para os clientes, proporcionando melhores e mais seguras experiências, e mais economia para todos, reduzindo riscos e melhorando os processos. Por isso, as empresas que escolhem investir na tecnologia potencializam o seu sucesso e revolucionaram os resultados.