Ao ano de 2021 foi marcado por grandes turbulências no mercado de ações, na economia e na política, decorrente da pandemia do coronavírus. No entanto, há um setor que parece não ser impactado por essas turbulências, já que ele cresce ano após ano. Estamos falando das startups que receberam altos investimentos em 2021.
Somente entre o período de janeiro a novembro do ano passado, as startups nacionais conseguiram obter US$ 8,85 bilhões em aporte. Essa captação representou quase o triplo do valor captado ao longo do ano de 2020, por exemplo.
Para alguns especialistas em economia, existem dois fatores que podem explicar bem essa onda de investimento nesse segmento: o primeiro é o excesso de liquidez e o segundo é otimismo com a tecnologia. Como o momento é de baixa na taxa de juros, os investidores se viram motivados a concentram o capital em aplicações que apresentavam maior rentabilidade.
Essa conjuntura favorável de fatores não aconteceu somente no Brasil, mas em outros diversos países também. Contudo, o investimento nas nossas startups subiu acima da média mundial no ano passado.
De acordo com a base de dados Crunchbase cerca de US$ 332 bilhões foram mundialmente investidos em negócios considerados escaláveis, tecnológicos e inovadores, em 2020. Mas esse número foi de aproximadamente US$ 640 bilhões em 2021. Isso significa que o volume de aporte praticamente dobrou, enquanto o brasileiro quase triplicou.
Os setores que mais “bombaram” para receber investimentos no segmento das startups
No período de janeiro a novembro de 2021, as startups que mais acumularam volume de investimentos foram as que atuam com serviços financeiros, imóveis, varejo, mobilidade e educação.
Mas o que há de incomum entre esses setores? A resposta é o tamanho dos mercados sendo endereçados. Esses setores são compostos por indústrias que possuem uma relevante participação do PIB, além de um enorme espaço para que soluções sejam criadas.
Os principais motivos para os volumes de investimentos em startups
O mercado considerado grande se juntou a uma infraestturura financeira e tecnológica que já se encontra muito desenvolvida. Nesse caso, as fintechs mostram como tornar um cenário repleto de players e serviços ruins, além de caros, se torna perfeito para a atuação das startups.
No caso do varejo, por exemplo, o volume dos investimentos é creditado ao fator isolamento social. É fato que a pandemia ocasionou a potencialização do interesse pelo e-commerce e por soluções tecnológicas de um modo geral.
Ainda, acredita-se que no caso das startups de imóveis, o motivo do crescimento é semelhante ao das fintechs: um mercado grande, porém tradicional e que oferece serviços ruins e caros. Esse segmento é um dos que ainda pode ser muito transformado pela utilização da tecnologia. No entanto, ainda há menos espaço para o surgimento de mais startups. Não é possível ter dezenas de portais imobiliários.
2022: cautela e empolgação
O cenário desse novo ano se apresenta mais desafiador para as startups: as taxas de juros começaram a sofrer elevação em alguns países e os investimentos começaram a ser menores. Especialistas defendem que juros altos não representa uma migração avassaladora do “venture capital” para a renda fixa.
Para o sócio da Mindset Ventures existe uma tendência macroeconômica que faz com que o investidor analise de maneira mais cautelosa o custo das oportunidades oferecidas por cada startup.
Devido as eleições que ocorrerão no segundo semestre desse ano os aportes financeiros feitos no Brasil podem ser atrapalhados. Provavelmente o investidor irá aguardar para saber o que irá acontecer no país. Foi exatamente isso que vimos quando a pandemia começou, algumas equipes deram férias coletivas para até saber como as coisas ficariam.
Conclusão
Em 2021 as startups bateram recordes de arrecadação. Diante do cenário de pandemia muitos segmentos aproveitaram para inovar e melhorar a infraestrutura. Com isso, se reinventaram e conseguiram obter investimentos para subsidiar essas mudanças. Tudo isso foi muito positivo para uma série startups que conseguiram alavancar os negócios.
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