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No momento de juntar dinheiro seu cérebro te sabota?

Pesquisas recentes mostram por que para algumas pessoas pode ser difícil se planejar para juntar recursos e como essa dificuldade pode ser revertida.

Fonte: Google

Soa familiar para você aquele momento em que ao olhar o extrato da própria conta e constatar que o saldo está baixo bate uma frustração? Ou quando ao conferir o valor total da fatura do cartão notar que o valor está maior que o devido?

Há motivos suficientes para que as contas não fechem – para uma parcela grande da sociedade, as despesas consideradas essenciais são maiores do que as receitas.

O que a ciência tem a dizer sobre os hábitos financeiros

Pode parecer que não conseguir guardar dinheiro seja somente consequência de um mal planejamento financeiro ou desconhecimento de como fazer. No entanto, existem alguns indícios de que esse problema pode ser causado por outros fatores.

De acordo com estudos realizados pela American Psychological Association, acumular recursos tem mais relação com a capacidade da pessoa se imaginar no futuro do que propriamente com conhecimentos sobre finanças.

Para a grande parte das pessoas, é mais natural e consequentemente mais fácil pensar somente no agora. Essa percepção, inclusive, é reforçada por diversas coisas, como, por exemplo, pela nossa língua de origem.  

Mas, porque é difícil nos imaginarmos em outro momento e, consequentemente, juntar dinheiro?

Me permita fazer uma pergunta cuja resposta precisa ser rápida: você de agora é o mesmo que do futuro? A resposta mais provável é que sim. Afinal, apesar de muitas coisas poderem passar por mudanças, nós continuaremos sendo quem somos. No entanto, nosso cérebro não age assim.

Segundo as pesquisas realizadas pelo psicólogo Hal Ersner-Hershfield, quando alguém pensa sobre si no futuro é como se ela não estivesse pensando em si, mas em uma pessoa diferente.  

Portanto, o cérebro considera o nosso “eu” do futuro como alguém que não sabemos muito bem como será. Por isso, muitas vezes é difícil para a muitas pessoas fazer planejamentos visando o futuro, já que o “eu” do futuro nos parece mais estranho do que familiar.

É possível hackear nosso cérebro?

A resposta é SIM! A boa notícia é que nós podemos fazer uso da ciência para o nosso benefício de modo a favorecer o aumento das chances de pouparmos recursos. Veja a seguir algumas dicas nesse sentido.

1- Pense no custo de oportunidade

Quando você opta por uma coisa, escolhendo por ela, invariavelmente você estará renunciando a outra. Nas ciências econômicas essa relação é denominada de custo de oportunidade, que nada mais é do que um conceito para auxiliar na administração da própria finança.

2- Concentre no valor que será pago

Você é daquele tipo de pessoa que quando vê uma placa de desconto sobre determinado produto vai lá correndo para comprar e diz: não dá para perder essa? Bom, não caia mais nessa.

Geralmente nossa mente é levada a pensar naquilo que podemos estar economizando nesse tipo de situação, quando deveríamos pensar no quanto realmente estamos gastando.

Comprar um produto de R$ 200 no ímpeto só porque ele estava custando R$  250, por exemplo, não é economizar R$50: é gastar R$200. Toda vez que ver um desconto considere no quanto irá gastar ao invés de no quanto está gastando.

3 – Guarde dinheiro automaticamente

Se poupar não é ato comum, habitual para você, uma excelente estratégia é automatizar esse hábito. Pense em um valor mensal que possa ser destinado a essa reserva e automatize esse processo.

Conclusão

É verdade que poupar dinheiro nunca foi uma tarefa fácil para a maioria das pessoas. Ausência de planejamento, desorganização financeira, falta de controle e vontade, entre outras coisas, são as justificativas mais comuns nesses casos.

Porém, essa dificuldade pode ter raízes mais profundas e automatizar esse hábito pode requerer um esforço maior do que o comum. Por isso, é importante fazer uso daquilo que a ciência disponibiliza como recursos para começar a mudar a situação.

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Copywriter / Redator e especialista em finanças, conhecido por artigos concisos e informativos sobre investimentos e gestão de patrimônio. Com experiência em simplificar tópicos complexos, Roberto capacita os leitores a tomar decisões financeiras acertivas.