O que e taxa Selic ?
A Selic é a Taxa média ajustada dos financiamentos diários de títulos públicos, apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reajustou em agosto de 2020 a taxa de 2,25% para 2% mantendo até a reunião de setembro, regular a taxa é uma das formas que o Banco Central usa para controlar a inflação, mas no que influencia a taxa Selic?
Se a Selic aumentar ela impede a inflação de ficar muito alta, os preços tendem a estabilizar ou baixar; os juros de crédito, parcelamentos e empréstimos ficam mais altos; os rendimentos de investimentos aumentam, pois, a Renda Fixa e títulos públicos indexados à Selic.
Se ela diminuir causa um estímulo na economia; os preços tendem a aumentar, como uma consequência do controle da inflação; os juros de crédito, parcelamento e empréstimos ficam mais baixos; os rendimentos de investimentos reduzem, pois, a Renda Fixa ou títulos públicos indexados à Selic.
O que a Inflação tem a ver com a Taxa Selic?
Inflação é o termo que se refere as oscilações de preços, serviços e produtos. Encontrada pelos índices de preços, o aumento acontece por diversos fatores, como quando o governo injeta mais dinheiro na economia seja pela impressão de novas cédulas ou por facilitar a concessão de crédito, a demanda acaba ultrapassando a oferta e a moeda passa a valer menos.
A inflação pode ter várias causas, como as pressões de demanda e custos, inércia inflacionária e expectativas de inflação.
Existem vários índices que indica como anda a inflação, mas os dois mais importantes são o IPCA e o INPC.
Mas o que é IPCA e INPC?
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), é o índice utilizado no sistema de metas para a inflação, analisa a maior parcela da população, pois aponta a oscilação do custo médio de vida das famílias com renda mensal de um até 40 salários mínimos.
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), analisa a variação do custo médio de vida das famílias com renda mensal de um a 5 salários mínimos apenas. Grupos de até 5 salários são sensíveis às oscilações de preços, porque tendem a usar todo o seu dinheiro com itens básicos, como transporte, moradia e medicamentos etc.
Mas quem calcula esse índice?
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é o órgão responsável por calcular esses índices. Mensalmente ele faz uma pesquisa dentre 13 áreas urbanas com cerca de 430 mil preços e em 30 mil locais, comparando esses preços como o mês anterior o que revela a variação entre um determinado período.
Exemplo: se você trabalha um ano inteiro em uma empresa e no próximo ano a inflação sobe e o seu salário não aumenta, então você perdeu o seu poder de compra, pois, o custo dos produtos aumentou enquanto o seu salário não. Agora se a inflação caiu de um ano para o outro e o seu salário continua o mesmo, o seu poder de compra aumentou, mesmo que o salário não.
E para que serve os outros índices?
Os outros índices são uma outra forma de medir a inflação, como a Fundação Getúlio Vargas que é uma instituição produz outros índices como os IGPs que são uma forma de identificar o consumo da população, uma vez que nem todo mundo tem o mesmo consumo. Quem trabalha no ramo de entregas com veículo por exemplo, se a gasolina subir, ele será afetado diretamente com o preço. Tudo isso para saber se algo está mais caro ou mais barato.
Certo, mas onde Investir ?
Para investir devemos respeitar o conceito do Tripé dos investimentos que consiste em segurança, rentabilidade e liquidez. Dificilmente você encontrará um investimento com esse três, a renda fixa você encontrará mais investimentos com alta segurança e liquidez mas com baixa rentabilidade, na renda variável você pode ter mais rentabilidade mas não tem muita segurança se que aquela ação vai continuar do preço em que comprou, dependendo do ativo você consegue avaliar uma segurança mas não se compara com a renda fixa, que tem ofertas onde você sabe quanto vai render e quando vai retirar.
Se você está começando no mercado financeiro, o ideal será aprender o máximo que puder antes de investir, fazendo a sua reserva de emergência, podendo aplicar em Tesouro Selic ou um CDB de liquidez diária, porque a liquidez garante a rápida retirada do dinheiro mas tendo pouca rentabilidade, pois o foco é a liquidez.
Agora se você já tem uma reserva de emergência, e o seu foco é o médio e longo prazo seria uma boa iniciativa escolher LCIs, LCAs, CDBs ou até mesmo tesouros pós-fixados com a taxa da inflação, se você quiser entrar na renda variável procure ações empresas com boa reputação, empresas que tenham um resultado sólido, há fundos e empresas que distribuem parte do lucro para os acionistas, os famosos dividendos, o indicador Dy (do inglês dividend yield) que é a porcentagem da ação que a empresa devolverá para os seus cotistas.
Exemplo; se uma ação o DY dela é 0,50% ao mês sendo 6% ano, se a taxa da inflação for 4%, você ganharia 2% acima da inflação.
Esse foi um exemplo de como fazer o seu dinheiro render para você, lembre-se, para render o seu dinheiro de uma melhor forma é procurar alternativas no mercado financeiro que ganhe da inflação, tenha uma visão ampla do mercado e bons investimentos.
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