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Com Selic alta, vale a pena continuar com a poupança?

A regra com relação ao rendimento da poupança mudou. Por isso, quem possui recursos aplicados na poupança deve entender melhor que está em vigor para verificar a viabilidade de manter dinheiro na caderneta.

Selic alta
Fonte: Google

Tão comum e presente na vida dos brasileiros como o arroz com o feijão, o pão com café, é a caderneta de poupança. Atualmente são mais de R$ 1 trilhão em depósitos, de acordo com dados fornecidos no mês passado pelo BC.

Afinal, quanto a poupança rende? Caso você seja uma pessoa que guardar seus recursos na poupança, já deve ter notado que houve uma mudança no rendimento nesse mês.

Isso porque o Copom subiu a taxa Selic de 7,75% para mais de 9% ao ano. Essa medida acionou um gatilho que altera a regra de rendimento da poupança.

Com isso, a nova regra funciona da seguinte forma:   

  • Quando a Selic estiver abaixo ou igual a 8,5% ao ano, a poupança irá render o equivalente a 70% da Selic mais a taxa referencial;
  • Porém, se a Selic estiver superior a 8,5% ao ano, a poupança renderá 0,5% mensalmente sobre o valor depositado + TR. Isso equivale a uma média de 6,17% ao ano.  

Logo, com a estimativa da taxa de juros fechar o ano em 9,25%, a poupança, nesse caso, irá render 6,17% ao ano. Vale ou não a pena?

E agora? A poupança vale a pena com a taxa Selic em alta? 

De acordo com alguns especialistas a poupança não vale a pena nessa condição. Com a Selic elevada a poupança oferece menos vantagens. Veja a seguir, quanto a poupança rende na prática.

Quando a Selic estava em 7,75% ao ano, o rendimento da poupança era de 70% da taxa. Isso significa que se a pessoa deixasse depositado na poupança R$ 100, ao final do ano ela teria R$ 105,40.

Agora, com a taxa alta, superior a 8,5% a regra é diferente e o rendimento se torna fixo, em 6,17% ao ano. Sendo assim, aqueles R$ 100 viram algo próximo de R$ 106,17 ao final do ano.

Por que a poupança teve mais rendimento que a BV nesse ano?

Selic alta
Fonte: Google

Uma vez que a poupança rendeu nesse ano 2,48%, o Ibovespa, principal índice da BV, computou uma queda de 10% (isso até o dia 6 de dezembro).

De acordo com Artmann, poupança e bolsa de valores são duas modalidades que não podem ser colocadas na mesma base de comparação por se tratar de coisas muito diferentes.

Além disso, as análises que são feitas em um curto prazo geralmente costumam ser mais imprecisas, sobretudo quando o assunto é a BV. Isso porque ela oscila muito durante o dia.

Isso sem contar que toda a comparação é baseada no Ibovespa, que é o índice que aglutina as ações que mais são negociadas na BV. Esse indicador é uma espécie de média de desempenho das ações. Sendo assim, dentro desse índice existem empresas que subiram enquanto outras caíram.

E a poupança “velha”, rende quanto com essa alta da taxa Selic?

Todo dinheiro que foi depositado na poupança até maio de 2012 contava com um rendimento fixo de 6,17% ao ano. Naquele mesmo ano, a Selic estava em queda e chegou a dezembro com 7,25%.

Já que a rentabilidade da caderneta era fixa, a poupança seria mais atrativa com a queda dos juros. Se não ocorresse a mudança, por exemplo, e a taxa se mantivesse abaixo dos 6% seria mais interessante deixar o dinheiro aplicado na poupança do que em outros ativos.

Por causa disso é que o governo alterou a regra. Para o governo é interessante que tanto as empresas como pessoas físicas invistam nos títulos públicos para que seja possível pagar as contas e financiar obras e projetos.

Conclusão

Essa discussão sobre a viabilidade da poupança enquanto fundo de investimento é antiga. Para muitos, ela continua sendo interessante. Já para outros depende muito de como a Selic fechará o ano.

Ou seja, a poupança continua sendo uma opção que desperta amores e ódio entre os investidores. Por isso, para avaliar se ela continua valendo a pena será preciso levar em consideração alguns fatores e realizar uma comparação mais justa.

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Copywriter / Redator e especialista em finanças, conhecido por artigos concisos e informativos sobre investimentos e gestão de patrimônio. Com experiência em simplificar tópicos complexos, Roberto capacita os leitores a tomar decisões financeiras acertivas.